Beauty trends que deram o que falar
A beleza sempre esteve na vanguarda da revolução. Desde o cabelo hippie dos anos 70, até a maquiagem punk rock do início dos anos 80, a beleza é sinônimo da representação física da mudança social. E os últimos 10 anos foram repletos de boas criações e novidades.
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O efeito Fenty
A oferta de tons de maquiagem vem aumentando exponencialmente ao longo da última década, e devemos agradecer a marca Fenty por esse feito. Lançada em 2017 com uma linha de base com 40 tons de pele, a marca abriu precedente para outras marcas fazerem o mesmo.
Nas palavras de Rihanna: “A base é uma daquelas áreas na indústria da beleza em que há um grande vácuo para mulheres que se encontram nos extremos do espectro de cores. O meio de campo está muito, muito bem coberto. Mas se você for muito pálida ou muito escura, não há muitas opções. E por isso quis ter certeza de que mulheres com todos os tons de pele estivessem cobertas, para que fossem incluídas nas minhas criações”.
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Hashtag #beauty e o surgimento de novas marcas
O maior fenômeno de beleza da década? As vloggers de beleza no Youtube. Elas levaram a beleza muito além do balcão de maquiagem e ao mesmo tempo diversificaram o cenário. Veja exemplos como a Youtuber de origem vietnamita Michelle Phan, que desde então lançou sua própria linha de cosméticos e marca de caixas de beleza por assinatura; o vlogger filipino Patrick Starrr, conhecido por ser um dos primeiros homens nessa área, e que já trabalhou com parceiros como Kim Kardashian e a MAC Cosmetics; a bengali-americana Nabeela Noor, que apresenta um ponto de vista de positividade corporal; e Nikita Dragun, Youtuber americana que usa seu canal para defender os direitos de transexuais.
Sem contar a brasileira Camila Coelho, que ganhou repercussão internacional no mundo da moda e beleza.
E foi daí que surgiram grandes nomes como Glossier, Huda Beauty e Milk Makeup, em resposta a influenciadores inventivos.
Esqueça pesquisa de mercado, agora tudo tem a ver com ‘escuta social’. “A beleza não se limita mais a lojas físicas e ao tradicional balcão de maquiagem”, confirma Clare Varga, chefe de beleza da WGSN. “Enquanto consumidores podem testar lá seus produtos, a probabilidade maior é que os comprem online. Plataformas que incluem possibilidade de compra, como Instagram e TikTok, mudaram muito o jogo”.
As plataformas sociais trouxeram também espaço para movimentos de beleza sísmicos: desde o #onfleek até #iwokeuplikethis, #skinpositivity, #effyourbeautystandards e #iweigh, esta é a década em que as hashtags de beleza mapearam o futuro para a indústria.
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Fator sustentabilidade
“Os consumidores atuais de skincare têm muita consciência ecológica, valorizam a transparência e exigem informações precisas e confiáveis”, diz Varga. E em resposta a essa exigência dos consumidores, a indústria mundial de cosméticos naturais e orgânicos viu um crescimento extraordinário ao longo da última década, avaliado em 11,5 milhões de dólares em 2018, devendo atingir 23,6 milhões de dólares até o fim de 2025.
“Acho que a fim de quebrar barreiras, é necessário oferecer aos consumidores uma solução diferente a um problema existente”, diz a fundadora da marca de beleza vegetal Tata Harper, sobre a chave para o sucesso. “Para nós, isso significa criar produtos de skincare que sejam potentes e eficazes e que tragam resultados reais sem ingredientes tóxicos ou artificiais”. Para ainda mais bônus quando o assunto é sustentabilidade, Tata Harper está – assim como cada vez mais personagens dessa área – se afastando das embalagens de plástico de uso único, usando vidro reciclado no lugar. A pesquisa sobre como a indústria da beleza pode se alinhar ainda mais com metas ambientais irá sem dúvida nenhuma revolucionar a próxima década também.
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O fim do antienvelhecimento
O início do fim foi anunciado por ninguém menos que Helen Mirren, na capa da edição de setembro de 2017 da Allure, aos 72 anos de idade, declarando: “O fim do antienvelhecimento, nosso apelo à indústria”.
A revista disse que não usaria mais o termo; e a indústria a seguiu, adotando uma linguagem diferente que conversa com todas as idades – apresentando-as em campanhas de beleza, com todas as suas rugas.
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O boom das sheet masks
Será que foi Demi Moore em 2011, postando no Instagram uma foto dela mesma usando uma máscara de tecido, que começou tudo? Ou foram os fãs da K-beauty postando selfies ao aplicarem suas máscaras antes de o voo decolar?
Seja como for, a máscara de tecido é agora obrigatória em qualquer pacote de truques de beleza. “As máscaras em folha atingiram aquele status mágico das selfies e se infiltraram em praticamente todas as marcas de beleza”, diz Varga. “Se os cremes são característicos da geração boomer, as máscaras faciais são a marca dos Millennials e da Gen Z, e sua evolução é aparentemente infinita – com diferentes materiais, ingredientes, as científicas, as divertidas… temos até máscaras para o corpo, incluindo bumbuns, seios e barrigas de grávidas”.
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Investimento na pele
Se você gosta do assunto skincare, provavelmente sabe a diferença entre retinol e vitamina C, e entre ácido glicólico e hialurônico – e está preparada para pagar um preço alto para conseguir uma pele resplandecente e perfeita.
“‘Os investidores de skincare pagam mais por cuidados com a pele do que por cosméticos, controlando com rédeas curtas o tempo e o dinheiro que investem nessa área. Eles também tendem a gravitar ao redor de marcas com uma pegada científica – como Dr Barbara Sturm, Medik8, Dr Dennis Gross – e ingredientes de primeira linha”, diz Varga, da WGSN.
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As boy brows
A modelo britânica Cara Delevingne virou o símbolo da sobrancelha grossa ao entrar na passarela da Burberry às vésperas do lançamento da linha de maquiagem da marca em 2010. Durante um tempo, essa era uma tendência apenas das passarelas, mas agora estamos quase certos de que elas vieram para ficar.
Desde a micropigmentação semipermanente até cartelas de cores complexas que criam um look mais cheio, ousado, boyish – e o clássico moderno que já virou cult, a Boy Brow da Glossier – as sobrancelhas mudaram completamente a estética da beleza.
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Cosméticos de celebridades
A década passada foi uma lista de chamada de lançamentos de marcas de beleza das celebridades. Vamos listar as seguintes: Jessica Alba, cuja marca de produtos não tóxicos de limpeza e de beleza The Honest Company foi lançada em 2012 e viu uma ascensão meteórica, sendo avaliada em 1 bilhão de dólares em 2015 (desde então o valor caiu ligeiramente). Kylie Jenner, que pegou seu icônico contorno e o converteu no império da maquiagem Kylie Cosmetics em 2015, que agora vale 900 milhões de dólares, de acordo com a Forbes. E Lady Gaga, que lançou sua Haus Laboratories em setembro deste ano, uma linha vegana totalmente sem crueldade que parece ser muito certa para o momento.
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