As polêmicas do novo posicionamento da Jaguar

Sinônimo de opulência e tradição, a marca decidiu inovar e apostar em um conceito de ‘Copy Nothing’. Mas será que o reposicionamento entregou o que prometeu? Até Elon Musk entrou na conversa, e claro que não foi para elogiar.

A Jaguar, tradicional marca britânica de carros de luxo, acaba de apresentar sua nova imagem visual e estratégia de posicionamento.

Com a proposta de quebrar paradigmas e se posicionar como referência em carros elétricos, a campanha de lançamento apresenta cores vívidas, música tech e diversidade. Tudo isso sem mostrar nenhum dos carros da marca.

 

 

Do you sell cars?

A nova estratégia tem gerado uma série de debates nas redes sociais e chamou a atenção até mesmo do Elon Musk, fundador da Tesla – umas das principais concorrentes da Jaguar, que entrou na conversa em tom irônico…

Por falar em Elon Musk, sua marca é, sem dúvida, um dos fatores que impulsionaram o reposicionamento da Jaguar.

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Nos últimos anos, a Jaguar viu sua participação de mercado enfraquecer diante da ascensão de marcas de luxo e premium, enquanto a Tesla dominou o segmento de veículos elétricos, liderando em sustentabilidade e inovação.

Esse sucesso pressionou marcas tradicionais a repensarem suas estratégias para se manterem relevantes em um cenário cada vez mais competitivo e voltado para o futuro.

e como será o futuro da jaguar?

 

Desde 1935, a Jaguar construiu uma imagem sólida, fundamentada em opulência, força e velocidade.

No imaginário coletivo, a marca sempre foi sinônimo de exclusividade e excelência, com um perfil consumidor predominantemente masculino, de 40 a 60 anos.

Agora, ao tentar se reposicionar, a Jaguar enfrenta o desafio de equilibrar sua herança com a busca por inovação.

A transição para uma identidade mais minimalista e “futurista” levanta dúvidas:

Será que a marca consegue atrair um público mais jovem, conectado e consciente, sem alienar sua base tradicional?

“Copy Nothing” Really?

Ironicamente, o slogan e posicionamento sugere originalidade, mas a nova identidade visual utiliza uma tipografia que já é usada por marcas como Motorola e Google, contradizendo a promessa da marca e refletindo tendências genéricas do mercado.

Minha sensação é de que, ao tentar se ressignificar, a marca abandonou sua própria história e se perdeu…

A nova proposta imagética mistura referências, cores, formas, mistura o Brasil com Egito, o dourado com o futuro, o redondo com tecnologia e não comunica uma imagem futurista de carros elétricos.

Ao misturar diversas referências visuais desconexas, Parece que a marca está tentando desesperadamente ser algo que talvez ainda não saiba ser.

O risco de uma mudança tão radical?

Perder sua essência no processo – e também aqueles que são os seus consumidores fiéis.

Vamos acompanhar para ver…

 

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